A equipe técnica da Comissão
Parlamentar de Inquérito da Saúde da Assembleia Legislativa esteve essa semana
no Hospital Regional de Campo Grande para analisar a veracidade dos contratos entre
a entidade, entre eles o que o HR tem com a empresa responsável pela prestação
de serviços de limpeza do local. O valor inicial do pagamento era de R$
6.840.000,00 (seis milhões, oitocentos e quarenta mil), e hoje chega R$
15.060.000.00 (quinze milhões e sessenta mil reais) por ano, o que representou
um acréscimo na ordem de 130% em dois anos.
A diligência foi motivada
após a oitiva do ex-diretor do hospital, Ronaldo Queiroz, realizada no dia 8
deste mês, na qual ele afirmou categoricamente aos deputados que o valor do
documento que estava em poder da CPI não era verdadeiro. “Esses números não são
verdadeiros e posso garantir isso. Faço questão que os documentos sejam
fornecidos novamente”, garantindo que hoje o HR gasta por mês cerca de R$ 600
mil mensais.
Porém, ficou comprovado pela
equipe técnica da CPI da Saúde em MS que a cópia remetida aos deputados é verdadeira,
e, inclusive, consta com a assinatura do ex-gestor avalizando todos os repasses
para a empresa responsável pela limpeza. “Temos a preocupação de manter a
transparência, o que ficou comprovado na análise desse contrato de limpeza. Verificamos
a veracidade desse documento que também será anexado nos relatórios da CPI”,
comentou.
Conforme o presidente da CPI
da Saúde em MS, deputado estadual Amarildo Cruz, os integrantes da Comissão
Parlamentar de Inquérito têm a preocupação de que todos os documentos sejam
analisados. “Estamos na fase de perícia e analisamos toda a documentação com o
máximo de responsabilidade”, finalizou.
CPI da Saúde em MS
A CPI da Saúde em MS foi criada no dia 23 de maio deste ano. Os parlamentares
querem saber como estão sendo feitos os repasses dos recursos do SUS para
unidades hospitalares de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba, Dourados, Três
Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porã e Naviraí. A
investigação apura os repasses e convênios feitos nesses municípios nos últimos
cinco anos. A CPI da Saúde em MS já colheu depoimentos da ex-secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, do secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, do presidente da Santa Casa da Capital, Wilson Teslenco, dos ex-diretores do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa, e do Hospital Regional de Campo Grande, Ronaldo Perches Queiroz, além de gestores e conselheiros municipais de saúde nas cidades de Dourados, Coxim e Aquidauana.
A Comissão Parlamentar de Inquérito tem 120 dias para apurar as possíveis
irregularidades, podendo ser prorrogada por mais dois meses. Para ajudar no
trabalho de investigação, os deputados decidiram criar o e-mail
cpisaude@al.ms.leg.br para que as pessoas possam denunciar irregularidades nas
unidades hospitalares. Também foi criada a fan page CPI da Saúde em MS. A CPI é composta pelos deputados Amarildo Cruz - presidente, Lauro Davi (PSB) -
vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) - relator, Mauricio Picarelli (PMDB) -
vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) – membro.
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