segunda-feira, 15 de julho de 2013

Após trabalhos da CPI da Saúde em MS, Governo decide criar comissão no Hospital Regional


Após oitivas e diligências da Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde em MS, que comprovaram indícios de superfaturamento de contratos do Hospital Regional de Campo Grande, o Governo do Estado criou uma comissão de trabalho que irá fazer um levantamento dos processos, contas e contratos da unidade hospitalar.

Conforme o deputado estadual Amarildo Cruz, presidente da CPI da Saúde em MS, está claro que o Governo do Estado decidiu criar a comissão depois dos trabalhos de investigação realizados pela Assembleia Legislativa. “É o resultado concreto do trabalho que estamos fazendo na CPI”, disse.

Para o presidente da CPI da Saúde em MS, a criação da comissão por parte do Governo é importante. “Tudo aquilo que tem o objetivo de melhorar o setor de saúde é bem-vindo, embora essa decisão só foi tomada depois da apuração dos deputados. Esse grupo anunciado pelo Governo poderia ter sido criado antes. O Estado sentiu a necessidade de fazer alguma coisa depois das diligências e oitivas realizadas pela CPI”, comentou.  

CPI da Saúde em MS

A CPI da Saúde em MS foi criada no dia 23 de maio deste ano. Os parlamentares querem saber como estão sendo feitos os repasses dos recursos do SUS para unidades hospitalares de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porã e Naviraí. A investigação apura os repasses e convênios feitos nesses municípios nos últimos cinco anos. 

A CPI da Saúde em MS já colheu depoimentos da ex-secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, do secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, do presidente da Santa Casa da Capital, Wilson Teslenco, dos ex-diretores do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa, e do Hospital Regional de Campo Grande, Ronaldo Perches Queiroz, além de gestores e conselheiros municipais de saúde nas cidades de Dourados, Coxim e Aquidauana. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito tem 120 dias para apurar as possíveis irregularidades, podendo ser prorrogada por mais dois meses. Para ajudar no trabalho de investigação, os deputados decidiram criar o e-mail cpisaude@al.ms.leg.br para que as pessoas possam denunciar irregularidades nas unidades hospitalares. Também foi criada a fan page CPI da Saúde em MS.

A CPI é composta pelos deputados Amarildo Cruz - presidente, Lauro Davi (PSB) - vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) - relator, Mauricio Picarelli (PMDB) - vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) – membro. 

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