segunda-feira, 10 de junho de 2013

CPI da Saúde em MS ouve hoje presidente da Santa Casa

Os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde em Mato Grosso do Sul realizam hoje a primeira oitiva da CPI. Nessa segunda-feira será ouvido pelos parlamentares Wilson Teslenco, presidente da Santa Casa de Campo Grande, o maior hospital do Estado. O depoimento, aberto ao público, está marcado para iniciar às 15 horas e vai acontecer na Assembleia Legislativa.

Segundo o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), o presidente da Santa Casa foi convidado a depor por causa da importância que o hospital representa para a saúde em Mato Grosso do Sul. “A Santa Casa é o maior hospital do Estado. Queremos tomar conhecimento sobre como está o atendimento aos pacientes, sobre o funcionamento do local, repasse de recursos, aplicação dos mesmos e se eles são suficientes para atender as necessidades da unidade”, destacou. 

Além disso, conforme o deputado estadual Amarildo Cruz, os requerimentos solicitando informações às secretarias municipais de saúde, à Secretaria Estadual de Saúde, às prefeituras municipais e gestores de saúde das 11 cidades que serão investigadas pela CPI já foram encaminhados. “Os documentos já foram enviados. Essas informações vão nos possibilitar saber qual o valor dos recursos repassados para cada município e se a sua aplicação aconteceu da forma correta”, destacou. 

A CPI da Saúde terá 120 dias para concluir os trabalhos de investigação, podendo ser prorrogada uma vez, por mais 60 dias. Os deputados decidiram investigar os recursos repassados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para unidades hospitalares de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porã e Naviraí.
De acordo com o deputado estadual Amarildo Cruz, a Comissão Parlamentar de Inquérito decidiu investigar os cinco últimos anos de contratos. "Cinco anos é um período razoável. Se for necessário, podemos investigar convênios anteriores a este prazo, desde que seja comprovada alguma irregularidade. Queremos o melhor para a população", disse.

Denúncias 

Para ajudar no trabalho de investigações, os deputados decidiram criar um e-mail (cpisaude@al.ms.leg.br) para que as pessoas possam fazer suas denúncias. “Com certeza receberemos muita ajuda por parte da população. As pessoas sabem da importância do nosso trabalho e com certeza irão nos ajudar. Todos querem uma saúde melhor para Mato Grosso do Sul”, salientou. 
Outra medida adotada pela CPI foi a contratação de 6 peritos, sendo 2 médicos, 2 da área contábil e financeira e outros 2 do setor jurídico. "Esses peritos não podem ter qualquer ligação com órgãos públicos ou entidades governamentais. Queremos o máximo de transparência na análise dos documentos. São peritos isentos, para que a CPI possa ter autonomia", comentou.

Ficou definido que as reuniões ordinárias da CPI da Saúde em Mato Grosso do Sul serão realizadas todas as segundas-feiras, a partir das 15 horas, sempre abertas à população. A CPI é composta pelos deputados Amarildo Cruz (PT) - presidente, Lauro Davi (PSB) - vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) - relator, Mauricio Picarelli (PMDB) - vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) - membro.

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