sexta-feira, 20 de setembro de 2013

CPI da Saúde analisa funcionamento do Sistema Gisa em Campo Grande

Os deputados estaduais Amarildo Cruz e Junior Mochi, respectivamente presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa, estiveram na tarde de hoje (19) na Unidade Básica de Saúde da Família do Bairro Maria Aparecida Pedrossian para verificar o funcionamento do Gerenciamento de Informações em Saúde (Gisa). Na ocasião, foi informado por funcionários do local que dos 12 módulos contratados, seis deles foram implantados na unidade, sendo que quatro estão funcionando.

Ainda conforme os funcionários, dos quatro módulos em funcionamento, três deles - agendamento, clínico, farmácia - operam de forma precária. “O sistema é lento, demora para abrir as janelas, e por esse motivo os médicos e o setor de farmácia deixaram de usá-los porque atrasava o atendimento de outros pacientes. Temos receitas médicas desde junho deste ano que ainda não foram lançadas no sistema”, esclareceram. Ainda durante a visita o módulo de agendamento de consultas por telefone foi testado e funcionou normalmente, sendo a consulta marcada ainda para este mês.

A visita foi acompanhada por técnicos de saúde e de informática da Prefeitura Municipal de Campo Grande, além do Presidente do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, e do Secretário-adjunto Municipal de Saúde de Campo Grande, Victor Rocha. O diretor-presidente da Telemídia, Naim Alfredo Beydoun, também acompanhou a visita.

Aos deputados, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo voltou a afirmar que a rede da Prefeitura Municipal não suporta o programa, porque, segundo ele, é muito sofisticado. “Não foi feita uma análise para verificar a capacidade da rede. Para o sistema funcionar, é preciso fazer uma série de adaptações na rede”, destacou.

Após o comentário de Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, o diretor-presidente da Telemídia garantiu que se a Prefeitura Municipal aceitar, ele contratará uma empresa para fazer uma auditoria na rede. “Eu me compromete contratar a melhor empresa de informática do País para analisar o que precisa ser feito na rede para fazer o Gisa funcionar. Quero resolver esse problema o quanto antes, pois sei que quem mais sobre com isso é a população campo-grandense”, ressaltou.

Para o deputado estadual Junior Mochi, é preciso verificar e concluir se a rede da Prefeitura Municipal é pesada ou o sistema contratado é lento. “Verificamos que o módulo de agendamento por consulta funciona perfeitamente. Já sobre os outros três módulos, os funcionários nos informaram que eles são lentos. Acho que o mais correto é o gestor municipal se reunir com o diretor da Telemídia para verificar as adequações que precisam ser feitas e fazer o software funcionar. Essa situação fará parte do nosso relatório final”, falou.  


Conforme o presidente da CPI da Saúde em MS, deputado estadual Amarildo Cruz, há uma situação que precisa ser resolvida, pois técnicos da Prefeitura Municipal falam que o sistema é demorado e do outro lado representantes da Telemídia alegam que o software precisa de alguns ajustes para operar normalmente. “Todos os envolvidos no contrato têm sua responsabilidade. A CPI vai trazer um encaminhamento para resolver esse problema que hoje prejudica a população campo-grandense. Acho que as duas partes precisam sentar para conversar e colocar um ponto final nesse impasse”, finalizou. 

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