Os deputados estaduais
Amarildo Cruz e Junior Mochi, respectivamente presidente e relator da Comissão
Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa, estiveram na tarde de hoje
(19) na Unidade Básica de Saúde da Família do Bairro Maria Aparecida Pedrossian
para verificar o funcionamento do Gerenciamento de Informações em Saúde (Gisa).
Na ocasião, foi informado por funcionários do local que dos 12 módulos
contratados, seis deles foram implantados na unidade, sendo que quatro estão
funcionando.
Ainda conforme os
funcionários, dos quatro módulos em funcionamento, três deles - agendamento,
clínico, farmácia - operam de forma precária. “O sistema é lento, demora para
abrir as janelas, e por esse motivo os médicos e o setor de farmácia deixaram
de usá-los porque atrasava o atendimento de outros pacientes. Temos receitas médicas
desde junho deste ano que ainda não foram lançadas no sistema”, esclareceram. Ainda
durante a visita o módulo de agendamento de consultas por telefone foi testado
e funcionou normalmente, sendo a consulta marcada ainda para este mês.
A visita foi acompanhada
por técnicos de saúde e de informática da Prefeitura Municipal de Campo Grande,
além do Presidente do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação, Luiz
Alberto de Oliveira Azevedo, e do Secretário-adjunto Municipal de Saúde de
Campo Grande, Victor Rocha. O diretor-presidente da Telemídia, Naim Alfredo
Beydoun, também acompanhou a visita.
Aos deputados, Luiz
Alberto de Oliveira Azevedo voltou a afirmar que a rede da Prefeitura Municipal
não suporta o programa, porque, segundo ele, é muito sofisticado. “Não foi
feita uma análise para verificar a capacidade da rede. Para o sistema
funcionar, é preciso fazer uma série de adaptações na rede”, destacou.
Após o comentário de Luiz
Alberto de Oliveira Azevedo, o diretor-presidente da Telemídia garantiu que se
a Prefeitura Municipal aceitar, ele contratará uma empresa para fazer uma
auditoria na rede. “Eu me compromete contratar a melhor empresa de informática
do País para analisar o que precisa ser feito na rede para fazer o Gisa
funcionar. Quero resolver esse problema o quanto antes, pois sei que quem mais
sobre com isso é a população campo-grandense”, ressaltou.
Para o deputado estadual
Junior Mochi, é preciso verificar e concluir se a rede da Prefeitura Municipal
é pesada ou o sistema contratado é lento. “Verificamos que o módulo de
agendamento por consulta funciona perfeitamente. Já sobre os outros três
módulos, os funcionários nos informaram que eles são lentos. Acho que o mais
correto é o gestor municipal se reunir com o diretor da Telemídia para
verificar as adequações que precisam ser feitas e fazer o software funcionar.
Essa situação fará parte do nosso relatório final”, falou.
Conforme o presidente da
CPI da Saúde em MS, deputado estadual Amarildo Cruz, há uma situação que precisa
ser resolvida, pois técnicos da Prefeitura Municipal falam que o sistema é
demorado e do outro lado representantes da Telemídia alegam que o software precisa
de alguns ajustes para operar normalmente. “Todos os envolvidos no contrato têm
sua responsabilidade. A CPI vai trazer um encaminhamento para resolver esse
problema que hoje prejudica a população campo-grandense. Acho que as duas
partes precisam sentar para conversar e colocar um ponto final nesse impasse”,
finalizou.
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