terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Amarildo Cruz vota em separado e pede indiciamento de 10 pessoas na CPI da Saúde em MS

O deputado estadual Amarildo Cruz apresentou voto em separado ao relator da CPI da Saúde em MS e pediu o indiciamento de 10 pessoas, entre elas Nelson Trad filho (ex-prefeito municipal de Campo Grande), Naim Alfredo Beydoun (Sócio Proprietário da Empresa e Consórcio Telemidia & Technology International), Luiz Henrique Mandetta (ex-secretário de Saúde Municipal e atual deputado federal), Leandro Mazina Martins (ex-secretário Municipal de Saúde), Silvia Raquel Bambokian (Chefe da Divisão de Convênios e Gestão Responsável pelas Liberações dos Recursos Federais), Maria Cristina Abrão Nachif (Coordenadora do Grupo Gestor do Projeto de Desenvolvimento e Implantação do sistema de Gestão Integrada da Saúde) e João Mitumaça Yamaura (Presidente do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação), Bertholdo Figueiró Filho (Chefe do Setor de Licitações).           
                             
Como o relatório de Junior Mochi não pediu o indiciamento de nenhum dos investigados, o deputado estadual Amarildo Cruz, em poder de provas que mostram irregularidades na licitação do sistema Gisa, decidiu pelo indiciamento. “Concordo com a maioria do que foi apresentado no relatório do relator, mas entendo que algumas pessoas precisam ser indiciadas, tanto é que decidi apresentar um voto em separado pedindo esse indiciamento. Temos provas robustas que comprovam uma série de irregularidades com o dinheiro público”, destacou.
 
Ainda de acordo com o deputado estadual Amarildo Cruz, nesses seis meses de investigações a equipe técnica da CPI da Saúde se debruçou em cima de documentos para analisar denúncias e irregularidades constatadas no decorrer das investigações. “Foram seis meses de uma investigação séria, determinada a sanar problemas que impedem um atendimento de qualidade a população. Encontramos várias irregularidades na licitação do Gisa, desde falsificação de documentos e endereços não existentes e entendo que o correto era o indiciamento”, destacou.
 
Amarildo Cruz diz estar tranquilo, pois sabe que comandou a CPI com responsabilidade, comprometido e sempre preocupado em proporcionar melhores condições para as pessoas que dependem do atendimento do SUS. “Tenho total tranquilidade, pois sei que fiz a minha parte. Nesses seis meses de investigação não medi esforços para fazer o melhor trabalho possível nesta CPI”, finalizou.
 
O voto em separado do deputado Amarildo Cruz também pede o indiciamento de José Carlos Dorsa (ex-diretor do Hospital Universitário de Campo Grande) e Adalberto Siufi (ex-diretor do Hospital do Câncer de Campo Grande). “Nas investigações ficou comprovada a prática de vários crimes cometidos por essas pessoas, entre eles Improbidade Administrativa, Advocacia Administrativa, Tráfico de Influência, Peculato, Concussão, Corrupção Passiva, Fraude à Licitação e Impedimento, Perturbação ou Fraude de Concorrência”, esclareceu.
 
O voto em separado do deputado Amarildo Cruz mostra que no caso do Hospital do Câncer de Campo Grande e no Hospital Universitário ocorreu má gestão e desvio de recursos públicos nessas unidades hospitalares. “Com base em documentos, foi possível comprovar má aplicação dos recursos públicos destinados à melhoria da saúde. Também foi comprovado que Adalberto Siufi empregou vários familiares no Hospital do Câncer”, falou.
 
Por fim, como o voto em separado apresentado por Amarildo Cruz não foi aceito pelos outros integrantes da CPI, o deputado decidiu encaminhar seu relatório juntamente com os documentos que comprovam as irregularidades para o Denasus, a Controladoria Geral da União, a Polícia Federal, a Polícia Civil de MS, o Conselho Municipal de Saúde de Campo Grande, o Conselho Estadual de Saúde, a Prefeitura Municipal de Campo Grande, prefeitos municipais de MS, gabinete do Governador do Estado, gabinete do Ministro da Saúde e Gabinete da Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

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