quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CPI da Saúde em MS visita Santa Casa da Capital

Os deputados estaduais Amarildo Cruz e Junior Mochi estiveram na tarde de ontem na Santa Casa de Campo Grande, durante diligência da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa, a qual apura possíveis irregularidades nos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) para 11 municípios de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, os parlamentares tiveram a possibilidade de conhecer toda a estrutura da unidade hospitalar, obter informações sobre número de leitos, atendimentos, entre outros assuntos.
 
O presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, acompanhou a diligência e fez questão de mostrar o local, além de fornecer todas as informações solicitadas pelos parlamentares. O diretor ressaltou que a unidade tem 680 leitos e trabalha diariamente com quase sua total capacidade de ocupação. “Todos os dias trabalhamos com 85% de lotação, mas em alguns casos passamos dos 100%. Os pacientes não ficam mais nos corredores como acontecia antigamente. Não permitimos mais isso e hoje damos um jeito de colocar todos os pacientes que buscam atendimento nos leitos”, comentou.
 
Segundo Wilson Teslenco, destacou que a unidade é referência no atendimento da ortopedia, neurologia, cirurgia cardíaca infantil e queimaduras. Além disso, destacou que a unidade recebe por mês entre R$ 13,5 a R$ 14,2 milhões por mês, recursos provenientes da União, do Governo do Estado e do município de Campo Grande, mas que os valores ainda são insuficientes. “Fechamos todo mês com um déficit de aproximadamente R$ 4 milhões. A dívida da Santa Casa já está chegando a R$ 180 milhões”, esclareceu.
 
Além disso, o presidente destacou aos parlamentares que os principais problemas enfrentados pela atual gestão estão relacionados à degradação do prédio e o alto custo para manutenção de contratos de terceirização de equipamentos. “O prédio tem mais de 30 anos e nunca passou por uma grande reforma. Estamos assinando um convênio com o Ministério da Saúde no valor de R$ 11 milhões para reformar vários setores da unidade”, frisou.
 
Aos deputados, o presidente da Santa Casa destacou que a maioria dos pacientes é vítima de traumas. “O setor de ortopedia representa 60% do atendimento. São muitos pacientes que sofreram acidentes de trânsito, principalmente os motociclistas. Essa grande demanda será resolvida com a inauguração da unidade do trauma, que poderá abrigar mais 113 leitos”, esclareceu.
 
Logo após a declaração, os deputados foram conhecer a obra da unidade de trauma que está paralisada. Wilson Teslenco relatou que a construção do local iniciou há 10 anos e até hoje não foi concluída. “Já foi gasto aqui uma quantidade exorbitante de recursos públicos e a sociedade até agora não foi beneficiada. A obra foi suspensa novamente porque havia problemas na planilha elaborada pela antiga gestão. Agora retomamos as conversas como Ministério da Saúde e nos próximos dias vamos apresentar um relatório que mostrará o que precisa ser feito para concluir a obra. Acredita que ela será retomada dentro em breve”, finalizou.
 
Para o deputado estadual Amarildo Cruz, presidente da CPI da Saúde em MS, a visita foi positiva porque foi possível verificar in ‘loco’ a estrutura do hospital e o atendimento oferecido à população. “Foi possível perceber que a atual gestão se esforça ao máximo para oferecer o melhor atendimento aos pacientes. Sabemos que ainda tem muito para melhorar, mas percebemos essa vontade na atual administração. Em relação à unidade de trauma, vamos cobrar a abertura desse espaço que vai possibilitar um espaço a mais para os pacientes da ortopedia”, disse.
 
Segundo o deputado estadual, Junior Mochi, a Santa Casa precisa com urgência da abertura da unidade de trauma.  “É preciso desafogar o hospital e isso vai acontecer com a inauguração desse novo espaço. A CPI vai se empenhar para cobrar a retomada das obras daquele local”, finalizou.

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