A
leitura e a entrega do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da
Saúde em MS serão feitas na próxima quinta-feira (28), às 14 horas, no Plenário
Deputado Júlio Maia, na Assembleia Legislativa. O anúncio foi feito nesta manhã
(26) pelo relator da CPI, deputado estadual Junior Mochi (PMDB). A divulgação
do documento será aberta à imprensa e a toda a população.
Segundo
o deputado estadual Junior Mochi, o relatório traz capítulos referentes às
peculiaridades de cada um dos 11 municípios investigados pela CPI da Saúde. “O
relatório vai trazer pontos importantes sobre a saúde púbica de Mato Grosso do
Sul. A situação de cada cidade visitada será retratada neste documento”,
explicou.
Além
disso, o deputado estadual Junior Mochi disse que o relatório final será
encaminhado para várias instituições federais e estaduais. “O documento trará
recomendações de resolução dos problemas encontrados. Também solicitará que
sejam tomadas providências no sentido de responsabilizar aqueles que tenham
cometido atos de ilicitude”, finalizou.
Conforme
o deputado estadual Amarildo Cruz, presidente da CPI da Saúde em MS, o
relatório trará um raio-x da saúde pública do Estado. “Nesses seis meses de
investigação foi possível fazer uma radiografia da saúde em Mato Grosso do Sul.
Percorremos 11 municípios e analisamos pelo menos 70 mil páginas de documentos
enviados à CPI. Com certeza essa foi a maior investigação já realizada na saúde
pública do nosso Estado. Acredito que muita coisa já mudou e ainda mudará para
melhor após esse trabalho”, finalizou.
CPI
da Saúde em MS
A
CPI da Saúde em MS foi criada no dia 23 de maio deste ano. Os parlamentares
querem saber como estão sendo feitos os repasses dos recursos do Sistema Único
de Saúde (SUS) para unidades hospitalares de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba,
Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porã e
Naviraí. A investigação apura os repasses e convênios feitos nesses municípios
nos últimos cinco anos.
A
Comissão Parlamentar de Inquérito teve 120 dias para apurar as possíveis
irregularidades, podendo ser prorrogada por mais dois meses. Foram ouvidos a
ex-secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, o secretário municipal de
Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, o presidente da Santa Casa da Capital,
Wilson Teslenco, os ex-diretores do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa,
o do Hospital Regional de Campo Grande, Ronaldo Perches Queiroz,o ex-secretário
municipal de saúde da capital, Leandro Mazina, o presidente do Conselho
Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul, Luís Henrique Mascarenhas
Moreira, e os médicos Os médicos Adalberto Siufi e Cláudio Wanderley Saab, ex-diretor
do Hospital do Câncer e o atual diretor-geral do Hospital Universitário,
respectivamente.
Também
foram ouvidos pelos parlamentares os ex-integrantes da Junta Interventora da
Santa Casa de Campo Grande, Antonio Lastória, Nilo Sérgio Laureano Leme e Issan
Moussa, o diretor-presidente do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Moraes
Coimbra, o ex-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Florêncio Garcia, o
diretor-presidente do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação da
Prefeitura de Campo Grande, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, o ex-responsável
pela pasta, João Mitumassa Yamaura, o Diretor-presidente do Consórcio Telemídia
e Technology International, Naim Alfredo Beydoun, o Presidente do Conselho
Estadual de Saúde, Alexandre Correa Bueno, o prefeito de Naviraí, Leandro Peres
de Matos e o Presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato
Grosso do Sul, Frederico Marcondes Neto.
Os
parlamentares ouviram, ainda, o diretor geral do Hospital Universitário de
Dourados, Edson Desiderio Fernandes, a Presidente do Conselho Regional de
Enfermagem de Mato Grosso do Sul, Amarilis Pereira Amaral Scudellari, o
ex-secretário municipal de saúde de Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta, o
coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul,
Nelson Carmelo, e o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de MS,
Fernando da Silva Souza.
Por
fim, os parlamentares ouviram a Presidente da Comissão de Licitações da
Prefeitura Municipal (antiga gestão), Mara Iza Arteman, a Chefe da Divisão de
Convênios do Fundo Nacional de Saúde, Silvia Raquel Bambokian, e a Coordenadora
do Grupo Gestor do Projeto de Desenvolvimento e Implantação do Sistema de
Gestão Integrada da Saúde (antiga gestão), Maria Cristina Abrão Nachif, além de
gestores e conselheiros municipais de saúde nas cidades de Dourados, Coxim,
Aquidauana, Jardim, Paranaíba, Três Lagoas, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã
e Corumbá.
Participação
Para
ajudar no trabalho de investigação, os deputados decidiram criar o e-mailcpisaude@al.ms.leg.br
para que as pessoas possam denunciar irregularidades nas unidades hospitalares.
Também foi criada a fan pag CPI da Saúde em MS (https://www.facebook.com/cpidasaudeemms).
As pessoas podem assistir as oitivas de Campo Grande ao vivo no link (http://www.al.ms.gov.br/Default.aspx?alias=www.al.ms.gov.br%2Ftvassembleia).
Além
disso, no canal de comunicação os internautas podem conferir matérias sobre os
trabalhos da Comissão e reprises das oitivas da CPI da Saúde em MS realizadas
em todo o Estado. Denúncias foram feitas também pelo 0800-647-2013. As reuniões
ordinárias aconteceram todas as segundas-feiras, sempre às 14 horas, e as
extraordinárias às quintas, no mesmo horário.
Elas
também podem ser assistidas ao vivo pela Tv Assembleia, em Campo Grande pelo
Canal 9, em Dourados pelo Canal 9, e em Naviraí pelo Canal 44. Todas as oitivas
realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito podem ser assistidas, ainda,
no Youtube, no canal cpidasaudeemms. A CPI é composta pelos deputados Amarildo
Cruz - presidente, Lauro Davi (PSB) - vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) -
relator, Eduardo Rocha (PMDB) - vice-relator e Onevan de Matos (PSDB), membro.
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