De autoria do deputado estadual
Amarildo Cruz (PT), a Lei 5.122, que institui o Dia do Poeta e da Poesia no
Estado de Mato Grosso do Sul, foi sancionado pelo Governo do Estado e passa a
integrar o Calendário Cívico e Cultural, a ser celebrado anualmente no dia 19 de dezembro.
O parlamentar apresentou o projeto para a criação da data em novembro do ano
passado em reconhecimento aos relevantes serviços prestados pelos poetas à
comunidade sul-mato-grossense. A lei também agracia um dos maiores poetas
brasileiros, Manoel de Barros.
Para Amarildo Cruz, a
criação do Dia do Poeta e da Poesia de Mato Grosso Sul é um justo
reconhecimento a todos os poetas da história do Brasil, que influenciaram e
influenciam escritores da nova geração da literatura brasileira.
A homenagem a Manoel de
Barros foi sugerida pela Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL) e pela
UBE-MS (União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul), que entende que
o escritor pantaneiro é uma das referências da literatura no Brasil e o nome
mais notável da história da escrita em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
“Manoel de Barros
apresentou aos leitores um estilo único na poesia, onde os elementos, para
muitos, mais simplórios ganhavam asas e destaque na escrita. A homenagem é mais
que merecida para o poeta que, por décadas, levou o Pantanal e Mato Grosso do
Sul para o Brasil e mundo”, disse o parlamentar.
História do
poeta Manoel de Barros
Manoel Wenceslau Leite
de Barros nasceu no dia 19 de dezembro de 1916 em Cuiabá, Mato Grosso. Em 1941
formou-se em Direito na Faculdade do Rio de Janeiro e na década de 1960
mudou-se para Campo Grande. Nas décadas de 80 e 90 consagrou-se como um dos
principais poetas do Brasil e chegou a figurar na lista dos livros mais
vendidos, o primeiro poeta a conseguir tal façanha desde a morte de Carlos
Drummond de Andrade.
Publicou seu primeiro
livro de poesias, "Poemas Concebidos Sem Pecados", em 1937 e ao todo
foram mais de vinte livros, entre eles, “Face Imóvel” (1942), “Poesias”
(1946), “Compêndio Para Uso dos Pássaros” (1961), “Gramática Expositiva do
Chão” (1969), “Matéria de Poesia” (1974), “O Guardador de Águas” (1989), “Livro
Sobre Nada” (1996), “Retrato do Artista Quando Coisa” (1998), “O Fazedor de
Amanhecer” (2001), e “Portas de Pedro Vieira” (2013).
Recebeu diversos
prêmios como o Prêmio Orlando Dantas em 1960, doado pela Academia Brasileira de
Letras pelo livro: Compêndio para o uso dos pássaros, Prêmio da Fundação
Cultural do Distrito Federal em 1969, Prêmio Nestlé em 1997 e o Prêmio Cecília
Meireles em 1998. Manoel Wenceslau Leite de Barros foi um dos maiores poetas
contemporâneos do nosso país.
Ele faleceu no dia 13 de
novembro de 2014, em Campo Grande.
x
Nenhum comentário:
Postar um comentário