sexta-feira, 14 de março de 2014

Audiência pública debate restruturação salarial da Polícia Federal

Várias autoridades ligadas à segurança pública estadual e nacional estiveram reunidas na tarde desta sexta-feira (14) para discutir a “Reestruturação Salarial e a Criação da Carreira dos Agentes, Escrivães e Papiloscopistas da Polícia Federal”. A audiência, proposta pelo deputado Amarildo Cruz, aconteceu no Plenário Júlio Maia, na Assembleia Legislativa, em Campo Grande.

Além do deputado estadual Amarildo Cruz, a mesa de autoridades da audiência pública foi composta pelo Presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul, Jorge Luiz Caldas da Silva, do diretor-adjunto da Federação Nacional dos Policiais Federais, Flávio Werneck Meneguelli, do assessor político do deputado federal Wander Loubet, Ido Michels, do promotor de justiça do Ministério Público Estadual, Luiz Eduardo Sant’Anna Pinheiro e Jorge Augusto Beck Vieira, presidente da Associação Beneficente dos Funcionários Federais do Estado.

No encontro, foi debatida a redução nos investimentos na Polícia Federal, que caíram de R$ 81 milhões para R$ 20 milhões nos últimos 10 anos, e a falta de reajuste salarial dos Agentes, Escrivães e Papiloscopitas da Polícia Federal nos últimos sete anos. Essas três categorias acumulam uma perda inflacionária acima dos 40%. Também foi debatida a necessidade da realização de mais concursos públicos para ingresso nos quadros da PF.

Conforme o proponente da audiência, deputado Amarildo Cruz, a PF é a principal polícia de investigação no Brasil e por isso precisa ser reconhecida pelo seu trabalho. “Sabemos das dificuldades que hoje os policiais estão enfrentando. A sociedade precisa ter conhecimento dessa situação e que há tempos está sem resolutividade”, destacou.

De acordo com Jorge Luiz Caldas da Silva, a Polícia Federal precisa retomar seu prestígio que vem sendo deixado de lado pela falta de investimentos. “Lutamos por uma segurança pública de melhor qualidade, verdadeira e autêntica, que preste um serviço eficiente à população brasileira”, esclareceu.

Por fim, o diretor-adjunto da Federação Nacional dos Policiais Federais, Flávio Werneck Meneguelli, declarou que hoje a segurança pública encontra-se em um momento muito delicado. “O cidadão está cansando de esperar uma resposta e já está agindo por conta própria. Hoje caminhamos a passos largos para o abismo. A maioria dos policiais pede pela mudança na segurança pública brasileira”, finalizou.

A discussão está sendo feita em todo o país. Dezoito estados já realizaram audiências públicas para debater o assunto. A PF é responsável por cuidar de 850 km de fronteira. Em Mato Grosso do Sul, a instituição conta com cerca de 650 homens, sendo 450 sindicalizados.





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